RELATO DE CASO DE PERSISTÊNCIA DO QUARTO ARCO AÓRTICO DIREITO EM CÃO: abordagem, diagnóstico e tratamento
Palavras-chave:
Megaesôfago secundário, Anel vascular, RegurgitaçãoResumo
As alterações dos anéis vasculares são congênitas e a mais comum em cães é a persistência do quarto arco aórtico direito. Objetivou-se nesse trabalho relatar um caso de Persistência do quarto arco aórtico direito em um cão de 90 dias de idade da raça Yorkshire. A paciente apresentava regurgitação pós-prandial como sinal clínico. O diagnóstico foi obtido por radiografia simples e contrastada onde observou megaesôfago secundário cranialmente à base cardíaca. Foi realizado toracotomia exploratória para identificação do anel vascular e correção da obstrução esofágica. A toracotomia foi realizada através do quarto espaço intercostal esquerdo, o quarto anel vascular foi ligado com fio sintético monofilamentado não absorvível. No pós-operatório a paciente foi medicada com antibióticos, analgésico e anti-inflamatório. Utilizou-se manejo alimentar por 50 dias de pós-operatório e ao final deste o animal já se alimentava com ração seca e não apresentava mais episódios de regurgitação. Pode-se concluir que a Persistência do quarto arco aórtico direito é uma alteração congênita que provoca megaesôfago secundário. Pode ser diagnosticado através de radiografia contrastada e o tratamento cirúrgico para retirada do ponto de obstrução associado ao manejo alimentar é eficaz e gera sobrevida e qualidade de vida ao paciente.