VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER: do silenciamento à construção de projetos de vida saudáveis
Palavras-chave:
Violência Doméstica, Psicologia, Direitos HumanosResumo
A violência doméstica contra a mulher constitui-se numa demanda de saúde pública, de natureza multifatorial. A cultura patriarcal e machista atribui à mulher uma posição de submissão e de culpabilização pela violência que lhe é direcionada. Objetiva-se com esta pesquisa rediscutir sobre a violência doméstica contra a mulher, o papel do psicólogo nessas situações e as intervenções que podem auxiliar nos prejuízos psicológicos causados a partir do arcabouço teórico-prático da Psicologia, enquanto ciência e profissão. De natureza qualitativa, constitui-se, a partir de um levantamento bibliográfico, em base de dados científicos. A literatura investigada aponta que a violência doméstica precisa ser interpretada e considerada para além dos mitos atribuídos à temática. Esse tipo de violência é conjuntural e todos os indicadores contribuem para a compreensão do todo, com destaque para a cultura e valores sociais perpetuados ao longo dos tempos e produz repercussões para o campo da saúde física e psíquica, denotando o adoecimento das vítimas, dos agressores e do sistema social. As intervenções no âmbito da violência doméstica contra a mulher precisam amparar-se pelo rompimento do silenciamento para uma discussão aberta da temática que considere e acolha as vítimas e os agressores, bem como toda a sociedade. A Psicologia, enquanto ciência e profissão possui um compromisso inadiável com esta demanda que representa uma militância em prol das monitorias e do fortalecimento da defesa incondicional dos direitos humanos.