A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO PARA A CONSTRUÇÃO DO CUIDADO EM PSICO-ONCOLOGIA COM PACIENTES, FAMILIARES E CUIDADORES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)

Autores

  • Juliana de Cássia Costa Autor
  • Larissa Isaura Gomes Autor

Palavras-chave:

Psico-Oncologia, Psicologia Hospitalar, Humanização

Resumo

O câncer tem sido uma das maiores causas de mortalidade no cenário da saúde pública. Constitui, portanto, uma demanda relevante para análise e intervenção no campo da Psicologia, enquanto ciência e profissão. Objetivou-se identificar e reconhecer as contribuições da Psicologia no campo teórico e prático, para pacientes oncológicos, com análise extensiva a seus familiares e cuidadores. De natureza qualitativa, trata-se de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir do levantamento bibliográfico em bases de dados científicos, publicados no período de 2016 a 2020, a partir de critérios de inclusão e exclusão, previamente definidos. Os resultados alcançados apontam para os seguintes achados: o ciclo vital é marcado continuamente pelos elementos existentes no processo saúde-doença, com ênfase na expressão das características subjetivas que acarretam uma forte influência sobre a vida dos indivíduos. Cada paciente oncológico experiencia o processo de adoecimento oncológico a seu modo e intensidade, mas é unânime entre eles as repercussões psíquicas advindas dessa vivência. A vida do paciente e de sua família é reconfigurada pelo contexto de adoecimento, demandando, em alguns casos, a entrada de um cuidador sem vínculos consanguíneos com o paciente. Tanto os familiares quanto os cuidadores carecem de assistência psicológica continuada, pois lidar com a situação de adoecimento por câncer é traumática e desencadeadora de sofrimento psíquico individual e coletivo. A Psicologia, no âmbito da saúde tem destacado, com relação às estratégias desenvolvidas quanto ao cuidado do paciente oncológico, juntamente com o acolhimento das queixas e dúvidas dos familiares, para o fortalecimento do paciente diante da rotina diária do tratamento, como também para amenizar os possíveis sinais de desenvolvimento de doenças psicossomáticas. Conclui-se que a Psicologia, enquanto ciência e profissão, é imprescindível para a amenização do sofrimento advindo do contexto de adoecimento oncológico. As intervenções qualificadas com os pacientes, familiares e cuidadores contribuem para a ressignificação da dor. Fortalecer as políticas públicas de saúde para a efetivação de ações de promoção da saúde com a população constitui um desdobramento indispensável para este cenário de identificação tardio dos diagnósticos. O compromisso da Psicologia com a vida fundamenta-se na defesa da construção do cuidado integral e humanizado da saúde, tanto para os pacientes, como para familiares, cuidadores e trabalhadores expostos a situações de adoecimento.

Biografia do Autor

  • Juliana de Cássia Costa

    Graduanda em Psicologia pela Faculdade Cidade de Coromandel (FCC). julianakosta@hotmailk.com

  • Larissa Isaura Gomes

    Mestre em Saúde pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Especialista em Gestão da Saúde Pública pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Especialista em Psicologia Jurídica pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Graduada em Psicologia. Coordenadora do Curso e da Clínica Escola de Psicologia da Faculdade Cidade de Coromandel (FCC). Docente dos cursos de graduação e pós-graduação na FCC. Psicóloga Coordenadora do Setor Psicossocial da Gestão Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Coromandel. E-mail: psicologa.larissa.isaura@hotmail.com

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Publicado

2021-12-10