SAÚDE MENTAL DOS POLICIAIS PENAIS DE MINAS GERAIS: uma revisão de literatura

Resumo

O policial penal é o profissional responsável pela segurança interna de um presídio e pela ordem entre os presos, e nesse contexto os policiais estão constantemente expostos a diversas situações geradoras de estresse e adoecimento mental. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho consiste em refletir, com base na literatura existente, os riscos psicossociais relacionados ao trabalho dos Policiais Penais de Minas Gerais. Para isso, no período de dezembro de 2020 a março de 2021, foram consultadas bases de dados como Scielo, Lillacs, Pepsic, utilizando as palavras-chave: trabalhadores penais e saúde mental dos policiais penais. De acordo com a literatura, os policiais penais estão submetidos a condições de trabalho insatisfatórias, uma vez que não recebem meios materiais para um trabalho eficaz e seguro, sendo os coletes a prova de bala todos vencidos, munições velhas, armamento precário e sem revisões periódicas. Além disso, os policiais lidam com prisioneiros perigosos e violentos, e sofrem a todo momento intimidações, agressões e ameaças. Também é iminente a possibilidade de rebeliões, fugas, drogadição, e desordens pessoais, grupais e institucionais. Além de estarem expostos a doenças transmissíveis como tuberculose e HIV, gerando uma jornada de trabalho insegura e tensa. Portanto, o policial penal está constantemente exposto a riscos à saúde física e mental, sendo essencial o apoio psicológico para melhoria na qualidade laboral desses profissionais. A atenção à saúde mental dos trabalhadores do sistema prisional proporciona acolhimento, permite a singularização do sofrimento dos trabalhadores, a discussão de questões institucionais complexas, e o enfrentamento dos riscos inerentes a esse ambiente laboral.